De acordo com o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel, sócio do escritório Pimentel & Mochi Advogados Associados, a comunicação desempenha um papel importante para empresas em recuperação judicial, especialmente quando aliada a um marketing estruturado e coerente. Pois, logo no início do processo, definir uma linha de comunicação clara ajuda a manter a confiança de clientes, fornecedores e investidores, reduzindo riscos de boatos e interpretações equivocadas.
Ou seja, durante a reestruturação, a comunicação torna-se um ativo fundamental para preservar a credibilidade e alinhar expectativas internas e externas. Por isso, empresários que enfrentam esse cenário devem investir em ações consistentes que transmitam segurança e mostrem evolução no processo. Então, se a sua empresa está nesse momento delicado, compreender como alinhar comunicação e marketing à estratégia jurídica pode ser vital para um novo ciclo de crescimento.
Entenda o papel da comunicação na preservação da imagem durante a recuperação judicial
Quando uma empresa entra em recuperação judicial, sua imagem passa por um momento de vulnerabilidade. Segundo o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel, construir um posicionamento institucional sólido é uma das primeiras medidas para evitar impactos negativos na reputação. Isso significa adotar mensagens transparentes, linguagem adequada e canais de comunicação eficientes para diferentes públicos, como clientes, parceiros e colaboradores.
Aliás, uma comunicação bem planejada contribui para afastar percepções equivocadas, como a ideia de que a empresa está próxima da falência. Ao contrário, quando bem conduzido, o processo pode ser percebido como um passo estratégico para reorganizar as finanças e manter as operações. Nesse contexto, a gestão da imagem atua como ferramenta de proteção e de fortalecimento da confiança.
Além disso, conforme destaca o Dr. Lucas Gomes Mochi, também sócio do escritório, é importante que o marketing institucional esteja alinhado às diretrizes jurídicas, evitando divulgações precipitadas ou informações incompletas que possam comprometer negociações com credores e fornecedores.
Como o marketing pode apoiar a recuperação judicial na prática?
O marketing, quando ajustado à realidade da empresa em reestruturação, torna-se um reforço direto à estratégia jurídica e financeira. Como comenta o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel, é fundamental adotar ações de visibilidade controlada, que transmitam estabilidade e mostrem que a organização está em processo de reorganização com responsabilidade. Isto posto, entre as práticas que se destacam nesse momento estão:
- Gestão de reputação online e offline: monitorar e responder de forma estratégica a comentários, notícias e publicações relacionadas à empresa.
- Campanhas institucionais de credibilidade: produzir conteúdos que reforcem valores, história e compromissos assumidos com clientes e parceiros.
- Comunicação segmentada para stakeholders: adaptar a mensagem conforme o perfil de cada público, seja interno ou externo.
- Ações de endomarketing: manter colaboradores informados e motivados, evitando boatos e fortalecendo a união interna.

Essas ações, quando integradas, ampliam a percepção de que a empresa está no controle da situação e comprometida com a continuidade de suas atividades. No final, essa combinação fortalece negociações e contribui para manter oportunidades comerciais abertas.
Por que o diálogo com clientes e mercado é decisivo para a reestruturação?
Durante a recuperação judicial, o silêncio pode ser interpretado como insegurança ou desorganização. Dessa forma, manter contato ativo com clientes e parceiros é essencial para demonstrar que a empresa segue operando e cumprindo compromissos. Segundo o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel, isso envolve desde comunicações institucionais até a manutenção de canais diretos de atendimento.
O diálogo transparente reduz incertezas e preserva a relação de confiança, que é vital para manter contratos ativos e conquistar novas oportunidades. Ademais, posicionar-se no mercado como uma empresa que enfrenta desafios com profissionalismo e planejamento pode gerar reconhecimento e até atrair novos parceiros estratégicos. Inclusive, o Dr. Lucas Gomes Mochi ressalta que a comunicação adequada pode até influenciar a forma como credores conduzem as negociações, impactando diretamente as condições e prazos acordados.
A comunicação e o marketing como aliados para superar crises
Em resumo, a recuperação judicial não se limita a aspectos jurídicos e financeiros. O fator humano, a percepção do mercado e a forma como a empresa conduz sua imagem desempenham papel crucial no resultado final. Assim sendo, integrar ações de comunicação e marketing ao plano de reestruturação amplia as chances de retomada saudável e sustentável. Ou seja, com planejamento, transparência e consistência, é possível transformar um momento de crise em oportunidade de reposicionamento no mercado.
Autor: Binal Showts