A prática de esportes tem se mostrado uma aliada importante no enfrentamento de diversas doenças crônicas. Segundo Gustavo Luíz Guilherme Pinto, presidente do IBDSocial, os impactos da atividade física vão além da melhora do condicionamento físico, promovendo efeitos significativos na prevenção e no controle de condições como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e obesidade. Interessado em saber mais sobre? A seguir, confira como os esportes contribuem para melhorar a saúde metabólica e cardiovascular.
Por que os esportes são recomendados para quem tem doenças crônicas?
Ao praticar esportes com regularidade, o organismo passa por adaptações fisiológicas que favorecem o equilíbrio de diversos sistemas do corpo. De acordo com Gustavo Luíz Guilherme Pinto, essas adaptações contribuem diretamente para o controle glicêmico, a regulação da pressão arterial e a redução de gordura corporal, fatores centrais na gestão de doenças crônicas.
Em pessoas com diabetes tipo 2, por exemplo, os exercícios aumentam a sensibilidade à insulina, facilitando a entrada da glicose nas células e, consequentemente, reduzindo os níveis de açúcar no sangue. Já nos casos de hipertensão, a prática esportiva estimula a dilatação dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação e contribuindo para a diminuição da pressão arterial.
Além disso, os esportes favorecem a redução do excesso de peso, um dos principais fatores de risco para a obesidade e para a evolução de outras doenças crônicas associadas. Isto posto, o aumento do gasto calórico e a preservação da massa muscular são pontos essenciais nesse processo.
Quais esportes são mais indicados para o controle de doenças crônicas?
A escolha da atividade física deve levar em conta as condições de saúde e a orientação médica de cada pessoa. Contudo, algumas modalidades apresentam benefícios amplamente reconhecidos no tratamento de doenças crônicas. Conforme destaca o presidente do IBDSocial, Gustavo Luíz Guilherme Pinto, atividades aeróbicas como caminhada, natação, ciclismo e dança são especialmente eficazes no controle do diabetes e da hipertensão.

Elas ajudam a manter a frequência cardíaca dentro de padrões saudáveis e promovem um gasto calórico importante. Modalidades de resistência, como musculação e pilates, também são recomendadas por favorecerem o fortalecimento muscular, o que contribui para a melhoria da sensibilidade à insulina e para o controle do peso corporal. Inclusive, a combinação entre esportes aeróbicos e de força costuma trazer resultados ainda mais significativos.
Benefícios dos esportes no combate às doenças crônicas
Diversos efeitos positivos podem ser observados em quem adota uma rotina esportiva estruturada. Abaixo, listamos os principais benefícios que os esportes proporcionam para quem convive com doenças crônicas:
- Melhora da sensibilidade à insulina: favorece o controle do diabetes tipo 2.
- Redução da pressão arterial: contribui para a estabilidade dos níveis de pressão em hipertensos.
- Diminuição do colesterol ruim (LDL): auxilia na saúde cardiovascular.
- Aumento do colesterol bom (HDL): protege o organismo contra doenças do coração.
- Controle do peso corporal: essencial para o enfrentamento da obesidade.
- Fortalecimento muscular: melhora a mobilidade, a autonomia e o metabolismo.
- Redução do estresse e da ansiedade: contribui para o bem-estar geral.
Esses benefícios impactam não apenas os parâmetros clínicos, mas também a qualidade de vida e o nível de disposição das pessoas que convivem com doenças crônicas.
Como começar a praticar esportes com segurança?
Para quem já foi diagnosticado com uma condição crônica, o início da prática esportiva deve ser feito com cautela e acompanhamento profissional, como ressalta Gustavo Luíz Guilherme Pinto. Assim sendo, o ideal é que a rotina de exercícios seja adaptada à realidade de cada paciente, respeitando limitações físicas e a gravidade do quadro clínico. Tendo isso em vista, uma avaliação médica é o primeiro passo para garantir segurança.
Em seguida, o apoio de um profissional de educação física contribui para estruturar um plano de atividades progressivas, com foco nos objetivos e capacidades individuais. A frequência mínima recomendada costuma ser de três a cinco vezes por semana, com duração média de 30 a 60 minutos por sessão. Aliás, a regularidade é um dos fatores-chave para alcançar os resultados desejados. Portanto, lembre-se: ainda que os primeiros benefícios possam surgir após algumas semanas, os ganhos mais consistentes aparecem com a prática contínua ao longo do tempo.
A atividade física é suficiente para controlar doenças crônicas?
Embora os esportes tenham papel central no controle de doenças crônicas, eles devem ser integrados a um conjunto mais amplo de cuidados com a saúde. De acordo com Gustavo Luíz Guilherme Pinto, presidente do IBDSocial, os resultados mais eficazes são alcançados quando a prática esportiva é associada a uma alimentação balanceada, ao uso correto de medicamentos e à adoção de hábitos saudáveis em geral.
Dessa maneira, evitar o tabagismo, reduzir o consumo de álcool, dormir bem e realizar exames médicos periódicos são atitudes que complementam os efeitos positivos da atividade física. No final, esse conjunto de práticas favorece o controle da doença e previne complicações mais graves no longo prazo.
O esporte como um dos pilares do cuidado com a saúde
Em última análise, adotar os esportes como parte da rotina é uma estratégia poderosa para o controle de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade. Pois, além de promover melhorias físicas, a prática esportiva estimula o bem-estar psicológico e social, fortalecendo o equilíbrio geral do organismo. Assim sendo, integrar o exercício físico ao cotidiano é um investimento determinante para quem busca mais saúde, autonomia e qualidade de vida.
Autor: Binal Showts